quinta-feira, 7 de junho de 2012

Paul Gauguin


Hoje falarei de um artista que aprecio: Paul Gauguin. Natural da França, morou os seus primeiros 7 anos no Peru. A ideia da mudança veio do seu pai, que pretendia trabalhar em um jornal da capital peruana. Infelizmente faleceu por complicações de saúde durante a longa e terrível viagem de navio. Então, o futuro pintor desembarcou em Lima apenas com sua mãe e irmã.

Anos depois voltou para sua terra natal para estudar em Orleães e aos 17 anos, ingressou na marinha mercante. Após a quebra da bolsa de Paris e já com 35 anos de idade, Gaugin decide tomar a decisão mais importante de sua vida: Dedicação total a pintura. Assim iniciou um período de viagens e boemia, resultando numa produção artística determinante e única das vanguardas do século XX. Ao contrário dos muitos pintores, não teve interesse em incorporar ao movimento impressionista que acontecia na época.

Sua primeira exposição foi em 1876. Nessas obras iniciais, Gauguin tentava captar a simplicidade da vida campestre, algo que ele conseguia com a aplicação escolhida das cores, em oposição a qualquer naturalismo. Elas se estendiam sobre a superfície planas e puras, quase como uma decoração.

Sua vida pessoal não foi nada fácil, atravessou dificuldades econômicas, problemas conjugais, doenças e privações. Ele parte para o Taiti em busca de novos temas, visto que estava querendo se livrar dos condicionamentos europeus. Acabou escrevendo o livro Noa Noa, onde descreve as suas experiências na ilha.

Quando voltou a Paris, realizou uma exposição individual na galeria de Durand-Ruel. Voltou ao Taiti, mas fixou-se definitivamente na ilha Dominique. Nessa fase, criou algumas de suas obras mais importantes, como essa que mais tenho afinidade e que me fez aprender a questionar as verdades do universo. O nome da obra é:

De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos?


Essa tela enorme sintetiza toda a sua pintura. Foi realizada antes de uma frustrada tentativa de suicídio com arsênio. Além dela, vale destacar "O Cristo Amarelo" de 1889 e "Duas taitianas com flores de manga" também do mesmo ano.