Estava a toa no centro da cidade, quando me deu a ideia de ver de novo este filme: Mary and Max. Na outra vez eu vi foi muito tarde e teve momentos que acabei pegando no sono. Eu gosto deste filme porque ele mostra uma forma de amizade não muito convencional, mas verdadeira. Aquele tipo de amizade que tem tudo para não dá certo, porém são as diferenças que faz ela se tornar mais forte. É por isso que a versão em português tem como sub-título: "Uma amizade diferente".
A história se passa no ano de 1976 e mostra duas realidades completamente distintas uma da outra. Uma delas é da garotinha de 8 anos que se chama Mary. Vivendo numa cidadezinha da Autrália, Mary não tem amigos para brincar. Seus passatempo é saborear leite condensado assistindo seu desenho animado favorito
"The Nobblets". E na outra realidade da cinzentada e fria Nova York, vive Max, um senhor obeso 40 e poucos anos. Também não tem amigos e a única companhia são seus animais de estimação e as 2 tevês que ele tem (a pequena com imagem e sem som e a grande com som e sem imagem). Ele também gosta de "The Nobblets".
Por uma estranha curiosidade de Mary querer saber de onde vem os bebês na América, já que seu avô disse que na Austrália eles aparecem nos copos de cerveja, ela arranca uma folha de papel de uma lista de endereços nos correios e escolhe aleatoriamente um nome para que responda sua pergunta. E Max acaba sendo a pessoa escolhida para este fim... e nessas trocas de correspondências que se desenrola toda a história, mostrando as fraquezas e o cotidiano dessas duas pessoas. Legal é o final quando depois anos, Max e Mary finalmente se encontram.
Observando a história dos personagens, fico vendo que não tive bons amigos... e que também não fui bom amigo com os outros. Eu consigo ver, tanto em Max como na Mary, virtudes e defeitos que eu e os meus poucos amigos tem. E que não adianta você tentar querer resolver os problemas dos outros se você não conseguir resolver os seus problemas. Passei em situação parecida muitas vezes ao longo da minha caminhada e percebo como poderia está empenhado em resolver os meus problemas primeiro. Faria uma diferencia enorme na minha vida. Devemos gostar das outras pessoas, mesmo com todos defeitos, pois dentro delas existe uma coisa muito maior: Virtudes. E é isso que devemos exaltar. Uma coisa que entendi como maior lição do filme é "Ama-me a ti primeiro".
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